Vende-se Maconha

O canal pago Discovery estreou no dia 11 de junho de 2012, às 23h30, a série “Vende-se Maconha”. A produção aborda as questões envolvidas no uso medicinal da droga e mostra a rotina do Harborside Health Center, maior dispensário de cannabis do mundo, situado em Oakland. No local, mais de 94 mil pacientes retiram suas doses de diferentes qualidades da erva, destinadas ao tratamento e prescritas por médicos. UOL in: UM CANCERIANO SEM LAR.

O responsável por Harborside é o seu fundador e diretor executivo, Steve DeAngelo. Ele tem uma tarefa que encara também como missão e luta pessoal: além de fornecer o melhor produto possível a todos os clientes, quer esclarecer o resto do país sobre a regulamentação da droga e sobre os impostos que incidem em sua atividade.

A National Geographic Explorer viaja para um futuro próximo e observa uma sociedade transformada pela legalização da droga ilícita mais usada no mundo. Nossa visão desta nova realidade começa em um lugar onde este futuro já chegou: Emerald Triangle, uma região formada por três condados no noroeste da Califórnia. Ali, a maioria da população retira seu sustento, de uma forma ou de outra, de negócios que envolvem a maconha. Em seguida iremos até a meca da maconha medicinal: Oakland, também na Califórnia, e depois para Washington, D.C., onde um rabino pretende iniciar o primeiro comércio de maconha medicinal da capital dos Estados Unidos.

Bastidores – Maconha Medicinal (National Geographic Channel) – Vimeo

Conforme acompanhamos as pessoas e a erva neste admirável mundo novo, analisamos os mitos e a ciência por trás das supostas propriedades medicinais da cannabis. Ela é inútil, um remédio para todos os males ou fica no meio-termo? eXz CannabisCafe

“Vende-se Maconha” também relata as questões legais envolvidas no negócio de Steve, que começou como familiar e esteve próximo da falência em alguns momentos. Quando os eleitores do estado da Califórnia votaram a favor da lei chamada Compassionate Use Act, em 1996, a maconha para uso médico foi legalizada no estado, acendendo uma fogueira no país todo – e abrindo o campo para um novo tipo de empreendedor.

A maconha medicinal ganhou legitimidade nacional em ambos os lados do corredor político. A questão chegou a um ponto de inflexão em 2015: 23 estados já aprovaram leis sobre a maconha medicinal e outros 12 estados aprovaram leis sobre o óleo da CBD. JOLENE FORMAN – Drug Policy Alliance

Essas demonstrações de apoio público à maconha medicinal não são apenas um grande negócio na Flórida, elas demonstraram uma tendência crescente em outros estados que também costumavam ser céticos em relação à maconha medicinal. As atitudes mudaram e a próxima onda de leis sobre a maconha medicinal está surgindo em estados indecisos, como a Flórida , e em estados vermelhos, como Tennessee e Texas.

A grande maioria dos americanos agora é a favor de tornar a maconha legalmente disponível para aliviar a dor e o sofrimento dos pacientes. Os residentes da Flórida demonstraram que estão prontos para conceder aos pacientes um acesso mais amplo à maconha para fins medicinais.

Um júri entrou para a história do estado ao se recusar a condenar um homem por cultivar várias plantas de maconha para tratar uma condição médica. O réu, Jesse Teplicki, disse que a maconha é o único tratamento eficaz para a náusea devastadora e a supressão do apetite que ele experimenta como resultado de sua anorexia debilitante. Ao declarar o Sr. Teplicki inocente de todas as acusações criminais relacionadas à maconha, o júri mostrou que eles também consideram a maconha um medicamento legítimo.

O público não está comprando essas táticas de intimidação e o apoio à maconha medicinal só está crescendo. Um exemplo cômico da estratégia de oposição em Utah veio de um agente da DEA que testemunhou em uma audiência legislativa que a maconha medicinal pode levar ao problema de coelhos viciados em refrigerante.

O conselho editorial do New York Times declarou, “As pesquisas mostram que a maioria dos americanos é a favor da legalização da maconha medicinal. Já passou da hora de o Congresso reconhecer a necessidade de mudar o curso.”