Localizado na cidade árabe de Tira, o coffeeshop — que enfrenta problemas com conservadores, traficantes e a polícia israelense — é um paraíso para pacientes de maconha de todas as origens. As informações são do Haaretz

Depois de dois anos trabalhando como enfermeiro em um hospital psiquiátrico, Karam Shbeeta, 29, vive em Tira com sua esposa e filha queria algo diferente na vida. Ele se matriculou em um curso sobre o uso medicinal da maconha e depois se viu trabalhando nessa área, então decidiu abrir um coffeeshop de maconha na cidade árabe-israelense. Smoke Buddies
Esta não foi uma escolha de carreira óbvia: lugares dedicados ao fumo e compra de maconha em plena luz do dia são raros na sociedade árabe de Israel, onde visões conservadoras ainda prevalecem quando se trata da “alface do diabo”.
Quando Shbeeta abriu o local, ele admite que sua família ficou “confusa e surpresa” com a mudança. “Eles perguntaram como eu poderia deixar minha carreira segura de enfermeiro para abrir um coffeeshop”, ele relata. Mas Smokey Monkey é uma história de sucesso, alcançando destaque nacional quando apareceu em um noticiário na emissora pública de Israel, Kan, no final do ano passado.

Mas mesmo em Tira ele recebeu mensagens ameaçadoras, incluindo ameaças de incendiar o coffeeshop e diz:
“Algumas pessoas são contra este lugar e estão fazendo campanha para fechá-lo”.
Os conservadores locais não são o único problema de Smokey Monkey. Foi invadido pela polícia no mês passado — e Shbeeta ainda está furioso com isso.
A polícia disse ao Haaretz que estava agindo com base em informações recebidas sobre suspeita de tráfico de drogas no local, Shbeeta nega completamente isso e diz que apenas aqueles com licença médica podem comprar em sua loja.
Tira, localizada a 40 quilômetros ao norte de Tel Aviv, tem alto desemprego entre os jovens e também tem sofrido altas taxas de criminalidade nos últimos anos. Pode ser um lugar estressante para residentes e visitantes, e é improvável que seja confundido com Amsterdã.

Ele estava frustrado por não conseguir encontrar a “combinação” certa para seus pacientes e estava preocupado com as pessoas que sofriam danos ao usar o tipo errado de medicação. Isso o motivou a abrir seu próprio lugar.
Um dos objetivos do dono da loja é “aconselhar os pacientes sobre maconha medicinal e como obtê-la e usá-la de maneira legal, em vez de obtê-la ilegalmente no mercado ilícito, onde você não tem ideia do que está consumindo e dos males que pode lhe causar”. Ele diz que muitos jovens israelenses usam a droga ilegalmente, “mesmo sendo qualificados para obtê-la legalmente. Eles simplesmente desconhecem isso. Quando eles são pegos pela polícia, isso arruína suas vidas.”
Ele vê sua loja como parte da mudança que está acontecendo atualmente. No entanto, apesar dos sucessos iniciais de sua loja, o proprietário está relutante em olhar muito para o futuro. “Não tenho ideia de como esse lugar vai acabar”, diz ele. “Há dificuldades de todas as direções: da comunidade, da polícia, dos traficantes”. Ainda assim, ele acredita que o Smokey Monkey pode ser “um modelo para o futuro” — um lugar onde as pessoas encontram seus vizinhos e superam seus medos.
Aqui tem mais: Museu da Maconha Cannabition
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