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Por que comestíveis de maconha proporcionam uma sensação diferente do que fumar?

Quando fumamos, absorvemos mais THC do que quando ingerimos. Então, por que a ‘onda’ de um comestível de maconha geralmente é mais potente e duradoura? VICESmoke Buddies

Dois policiais de Toronto, no Canadá, foram suspensos no início de 2018 após supostamente comerem muitos comestíveis de maconha, ficarem completamente fodidos e depois chamarem a polícia. Os policiais se queixaram de “alucinações” e depois foram tratados em um hospital.

Comparado a fumar um baseado, os alimentos comestíveis podem dar a você um efeito corporal couch-lock muito mais forte que dura mais, às vezes de quatro a seis horas, mas leva mais tempo para começar. Sim, você sentirá os efeitos do fumo em poucos minutos, mas os comestíveis atingem o pico em 30 a 60 minutos e diminuem entre duas a quatro horas. Mas quando você fuma, na verdade, absorve mais canabinoides, os ingredientes que induzem a alta na maconha como o tetraidrocanabinol (THC), do que nos comestíveis. Então, por que a alta de um comestível seria mais potente e persistente?

“A psicoatividade e os efeitos da cannabis dependem não apenas dos canabinoides”, diz Jay Denniston, químico analítico e diretor de ciência da produtora de comestíveis Dixie Elixers, com sede no Colorado, “mas dos níveis de terpenos, do metabolismo individual da pessoa, do que essa pessoa já havia comido naquele dia; depende da configuração”.

Quando você fuma maconha, o THC é sugado para a corrente sanguínea através dos alvéolos nos pulmões. Mas o THC é um composto solúvel em óleo, o que significa que não se decompõe bem no sangue, que é principalmente água. Assim, em segundos, ele parece se ligar aos receptores endocanabinoides do corpo, nunca tendo a chance de ser metabolizado pelo trato gastrointestinal.

Mas quando você ingere cannabis, sua saliva imediatamente começa a quebrar esse THC. Uma vez que atinge o estômago e depois o fígado, torna-se 11-hidroxi-THC.

“A diferença real entre comestíveis e fumar ou vaporizar é que com os comestíveis uma fração muito maior do Delta-9-THC chega primeiro ao fígado. Lá é convertido em 11-hidroxi-THC”, diz Nick Jikomes, principal pesquisador do Leafly. “Então, em outras palavras, se você fuma ou vaporiza a proporção de 11-hidroxi-THC para Delta-9-THC é bastante baixa, e se você usa um comestível é muito maior”.

“Agora, ele está ligado a um composto de glucuronídeo, que torna [o 11-hidroxi-THC] mais solúvel em água”, diz Denniston. “Então é muito mais ‘feliz’. Poderia difundir muito, muito mais fácil através da barreira hematoencefálica. [Uma vez metabolizado], ele pode entrar mais rápido no cérebro e mais rápido em todo o corpo”.

É por isso que, mesmo que demore 30 a 90 minutos para os comestíveis entrarem em ação, a alta vai durar mais e parecer mais forte.

Já quando começam os efeitos costumam ser os mesmos, porém mais lentos. Há a sensação de relaxamento, alívio de estresse, apetite, melhora do humor, e todas aquelas coisas boas que a maconha pode entregar. Talvez no corpo a sensação seja mais intensa do que dando uns tapas em um beck, e por isso é melhor não sair dirigindo ou fazer algo que necessite de muita atenção. Growroom

Além de propiciarem os efeitos tradicionais da maconha, os comestíveis também já estão se mostrando eficazes de formas ainda mais concretas para pacientes medicinais, especialmente àqueles que estão em tratamento contra o câncer. Pesquisas mostraram que a planta ingerida ajuda bastante a reduzir a náusea. O problema é só o tempo que ela demora para fazer efeito quando é consumida assim, porém quando já é um quadro recorrente esses alimentos podem ser úteis.

Através desses comestíveis muitos idosos ou pacientes com maior debilidade conseguem obter os benefícios medicinais da Maconha sem se prejudicar, ou muitas vezes sem nem sentir o gosto ou cheiro dela. Isso torna o “medicamento” mais discreto além de evitar tossidas e muitas vezes efeitos muito rápidos e fortes que ocorrem quando se fuma. Especialmente quando quem está consumindo não é usuário cotidiano.

É o que vem acontecendo onde a Cannabis medicinal está regularizada já e médicos podem receita-la. No Colorado, os alimentos com a erva já representam cerca de 45% do comércio. A indicação por um comestível ocorre porque por conta da ingestão e processamento mais demorado do que fumando, o paciente sente um alívio mais duradouro dos sintomas de alguma doença.

Em estados com cannabis legal como Washington, 10 mg de THC é o tamanho de dose única de produtos com infusão de maconha. Mas se você é um novato, Hall diz que pode querer começar ainda menor — por exemplo, 5 mg ou 2,5 mg. No entanto, alguns alimentos comestíveis podem ser tão fortes quanto 500 mg ou até 1000 mg em uma única barra de chocolate.

E assim como outros medicamentos, o consumo  com o estômago vazio pode intensificar o efeito e causar desconforto, então é bom se alimentar com algo sem THC antes de ingerir algo com maconha.

O principal cuidado necessário ao se consumir comestíveis de maconha é não exagerar na dose, pois isso pode gerar uma bad trip muito indesejável. Ninguém quer que isso ocorra consigo ou com quem está fazendo uso medicinal da planta. Por isso, é importante sempre seguir as receitas corretamente e não colocar mais Cannabis do que o previsto. E claro, ir devagar e esperar os efeitos antes de achar que não deu nada e comer mais.

Se você acabar ingerindo muito e começar a se sentir tonto ou doente, algumas coisas o ajudarão a superar isso. Feche os olhos e beba muita água, sugere Denniston. E se você tiver um canabidiol ou CBD, outro extrato de maconha, ele pode diminuir os efeitos do THC. Atualmente, o CBD vem em tinturas para uso oral e até em garrafas de água. Jikomes diz que isso pode funcionar, mas ele adverte que o CBD também pode afetar o metabolismo do THC, de forma a prolongar o tempo na corrente sanguínea.

Aqui tem mais: Comidinhas de Maconha

Publicado por Edson Jesus

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