WeCann Summit – 21 a 24 de março. WeCann Academy
A WeCann Academy é uma comunidade global e um centro de formação em Medicina Endocanabinoide, que reúne especialistas de relevância nacional e internacional unindo de forma altamente qualificada conhecimento científico e experiência prática.
O objetivo é construir uma comunidade atuante a partir da troca de experiências que promovem novas possibilidades na Medicina, com formas seguras, eficazes e acessíveis de tratamentos baseados no Sistema Endocanabinoide, que visam minimizar o sofrimento de pacientes portadores de doenças crônicas e incapacitantes e promover bem-estar em larga escala.
Esse sistema, presente em todos os animais vertebrados há centenas de milhares de anos, apresenta papel regulatório vital em praticamente todos os processos fiosiológicos e patológicos dos seres humanos.
Estamos apenas no início dessa jornada, mas as evidências científicas e a robustez dos resultados observados diariamente na qualidade de vida de milhares de pacientes comprovam o potencial disruptivo dessa ferramenta terapêutica.
Embora o canabidiol (CBD) e o tetra-hidrocanabinol (THC) sejam os fitocanabinoides mais conhecidos e explorados até o momento, já sabemos que existem cerca de 150 canabinoides entre os mais de 550 compostos químicos da planta Cannabis.
O Sistema Endocanabinoide (SEC) está envolvido em praticamente todos os nossos processos fisiológicos e patológicos, através de um conjunto de receptores, ligantes e enzimas que atuam como sinalizadores entre as células. A função primordial desse sistema é restaurar a estabilidade das funções fisiológicas, de modo a (re)estabelecer a homesostase do organismo.
Trata-se, portanto, de um sistema vital para a nossa saúde, pois qualquer desequilíbrio no Sistema Endocanabinoide pode ser decisivo para o desenvolvimento e/ou progressão de doenças. A interação dos receptores endocanabinoides com seus principais ligantes regula e modula uma série de funções, como a função cardiovascular e gastrointestinal, as respostas imunológicas e inflamatórias, além dos processos de aprendizagem, memória e regulação das emoções.
As substâncias canabinoides podem ser produzidas pelo nosso próprio organismo – por isso, são chamadas de endocanabinoides ou canabinoides endógenos – ou podem ser encontradas na planta Cannabis – sendo chamadas de fitocanabinoides ou canabinoides exógenos.
Assim como a diversidade de canabinoides é grande, também é ampla a gama de situações para as quais essas substâncias podem ser medicinalmente úteis. Alguns exemplos incluem dores crônicas, transtornos neurológicos e doenças psiquiátricas. Além disso, a Cannabis pode ser um valioso adjuvante no tratamento do câncer.
O receio no uso medicinal do THC está frequentemente associado ao seu potencial psicotrópico, que pode culminar em psicotoxicidade. No entanto, em contextos prescritivos assertivos, reações psicotóxicas decorrentes do uso dessa substância são raras e adequadamente manejáveis. Além disso, é importante ressaltar que o THC apresenta importantes atributos terapêuticos, inclusive quando comparados a outros fitocanabinoides, como o próprio CBD.
Houve respostas positivas no tratamento de:
- cervicalgia (37,0%);
- dores irradiadas para membros inferiores (35,2%);
- dores irradiadas para irradiadas para membros superiores (9,3%)
Outros pontos favoráveis do uso do CBD nesses pacientes incluem:
- melhora de quadros de insônia (25,9%);
- redução da ansiedade (20,4%);
- melhora global do humor (18,5%).
A maioria das pesquisas científicas sobre Cannabis medicinal têm o CBD e o THC como protagonistas. Contudo, existem numerosos estudos que investigam as propriedades terapêuticas de outros canabinoides. Um exemplo é esta pesquisa que sugere o potencial do Canabinol (CBN) em quadros de dor muscular crônica, como nos transtornos temporomandibulares e na fibromialgia.
Outro exemplo de canabinoide que pode ter utilidade na prática clínica é a tetra-hidrocanabivarina (THCV), como mostra esta pesquisa que investiga os benefícios da substância no controle da discinesia induzida por levodopa na doença de Parkinson.
O canabigerol (CBG), por sua vez, vem chamando a atenção da comunidade científica por seu suposto potencial antineoplásico. Esta pesquisa, por exemplo, avaliou a relação entre o uso de CBG e a redução na progressão do glioblastoma, o câncer cerebral primário mais agressivo.
O ácido canabidiólico (CBDA) – CBD em sua forma ácida – também reúne interessantes propriedades terapêuticas. Uma das mais conhecidas é seu potencial para inibir náuseas e vômitos. É o que revela esta pesquisa, comparando o uso de CBD e CBDA para este fim. O CBDA, além de demonstrar maior potência no combate aos vômitos, demonstrou também, ser uma alternativa viável no manejo de náuseas antecipatórias, para as quais ainda não existe terapia específica.
Outro fitocanabinoide em pesquisas é o ácido tetra-hidrocanabinólico (THCA) – THC em sua forma ácida. Ao contrário do THC, esse canabinoide não apresenta efeitos psicoativos importantes, sendo, portanto, uma opção de relevante perfil de segurança.
Entre as propriedades já evidenciadas, destaca-se o que releva esta pesquisa sobre como o THCA pode melhorar substancialmente os sintomas da síndrome metabólica associada à obesidade e inflamação, prevenindo a esteatose hepática, adipogênese e a infiltração de macrófagos nos tecidos adiposos.
Outros canabinoides, como o canabicromeno (CBC) e o a canabidivarina (CBDV), também são alvos de pesquisas científicas. Acredita-se que o primeiro é capaz de aumentar os níveis dos endocanabinoides naturais do organismo, como a anandamida, relacionada às sensações de bem-estar e felicidade.
Já a forma varínica do CBD, o CBDV, apresenta propriedades bem próximas do CBD e mostra-se potencialmente útil no controle de sintomas neurocomportamentais. É o que releva este estudo que investigou o uso do CBDV na Síndrome de Rett, tanto para tratar as crises convulsivas, quanto para resgatar a performance de memória prejudicada pela doença.
A recente descoberta dos heptilfitocanabinoides canabidiforol (CBDP) e Δ9-tetrahidrocanabiforol (Δ9-THCP) acrescentou ao debate uma série de questões relacionadas à abundância desses novos compostos desconhecidos na Cannabis e suas potencialidades medicinais, como mostra esta pesquisa que investigou a presença desses compostos em 49 amostras da planta, representando quatro quimiovariantes diferentes.
Convém pontuar ainda, as recentes discussões acerca dos canabinoides sintéticos (SCs), tendo em vista que muitas dessas substâncias também são alvos de pesquisas científicas. Um exemplo é esta revisão bibliográfica que investiga o potencial terapêutico de SCs e os eventuais efeitos adversos observados. Neste e em outros estudos, os efeitos adversos foram considerados mais intensos no uso dos canabinoides sintéticos em comparação ao uso dos canabinoides naturais da planta.
É fundamental ressaltar que uma prática prescritiva assertiva é determinante para alcançar bons resultados, isso significa que é necessário basear a terapêutica com medicamentos à base de cannabis nas particularidades de cada quadro clínico e no contexto de cada paciente.
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